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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Cobrança de táxi abusiva


Parte dos passageiros que chega a Porto Alegre está sendo prejudicada no balcão da Cooperativa de Táxis do Aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre (Cootaero). Em vários casos foi comprovado que usuários chegam a desembolsar quase o dobro do valor pelas corridas pagas antecipadamente com uso de cartões de débito ou crédito. As tabelas da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que estabelecem os valores praticáveis, são frequentemente ignoradas no balcão da Cootaero. Os cerca de 260,4 mil turistas que visitarem Porto Alegre durante a Copa do Mundo poderão ser vítimas. A Cootaero atribui os "possíveis enganos" aos atendentes "inexperientes".

Os valores abusivos foram verificados em quatro corridas pagas com cartão, entre os dias 22 e 27 de maio. O Salgado Filho é um dos dois lugares da cidade - o outro é a rodoviária - onde é possível pagar a corrida com antecedência. Uma tabela formatada pela EPTC estipula os valores aproximados para diversos pontos da Capital. No entanto, a lista de preços está sendo desprezada no momento da cobrança no aeroporto.

O trajeto até o Hotel Sheraton, distante 7,8 quilômetros do terminal aeroportuário, deveria custar, na bandeira 1, cerca de R$ 24. No entanto, em 26 de maio custou R$ 35 - 45,8% acima do estabelecido. O mesmo ocorreu na corrida até o Hotel Intercity Premium, na avenida Borges de Medeiros: a tabela manda cobrar R$ 35, mas o usuário pagou R$ 50. Até o estádio Beira-Rio, custou R$ 60, quando deveria ser R$ 34,80.

A irregularidade surpreendeu o presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi), Luiz Nozari. "Se isto é verdade, considero profundamente entristecedor, porque os taxistas do aeroporto sempre foram vistos como a elite do táxi em Porto Alegre", diz Nozari, ao estranhar que os órgãos fiscalizadores não tenham coibido a prática.

O presidente da Cootaero, Ronei Caetano Montiel, diz que a cooperativa vem cumprindo com os valores do zoneamento feito pela EPTC e que "enganos" podem ter ocorrido pela inexperiência dos atendentes. "Já aconteceu de termos que devolver os valores", afirma. Já o supervisor do ponto, Jorge Ouriques, ressalta que a orientação é cobrar um valor justo e não lesar o cliente. "Estamos tentando aprimorar o atendimento para anular a possibilidade de erro", frisa, observando que, havendo bagagem, o custo pode ser maior.

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