Apesar do bloqueio, os manifestantes liberam as vias por cerca de cinco minutos para a passagem dos veículos. Mesmo assim, um princípio de confusão foi registrado na avenida Assis Brasil, quando um motorista que está preso no trânsito desceu do carro e foi tirar satisfação com os manifestantes. Ele se apresentou como policial e procurou saber o motivo do protesto.
O congestionamento atinge a freeway, na saída de Porto Alegre, e vai desde o entroncamento com a BR 116 até a divisa com Cachoeirinha. No sentido de acesso à Capital, o problema semelhante, onde o trânsito está parado desde a ERS 010, dentro de Cachoeirinha, passando pela BR 290 até a avenida Castelo Branco.
O representante de uma das 27 ocupações de Porto Alegre Pablo Lipert explicou que o objetivo é conseguir um prazo de três meses para a saída dos moradores das regiões ocupadas. "Nós queremos também a criação de uma vara especial para conflitos urbanos. O pessoal está organizado para buscar isso. Não adianta um juiz de 1ª grau sair dando liminar para todos sem nem conhecer a matéria ou sem conhecer o processo. Isso envolve milhares de pessoas", relatou Lipert, mora no Parque dos Maias.
Lipert comentou ainda que alguns juízes já despacharam multa para a Brigada Militar (BM) pelo não cumprimento da reintegração de posse. "Isso não pode acontecer. O nosso último recurso é colocar as pessoas na rua e fazer uma manifestação pacífica. Aguardamos apenas uma ligação do advogado confirmando a audiência com o presidente do Tribunal de Justiça", acrescentou.
Enquanto a manifestação bloqueia a avenida Assis Brasil, um segundo protesto ocorre na avenida Borges de Medeiros, em frente à sede do Tribunal de Justiça. Três representantes dos manifestantes se reuniram com o vice-presidente do TJ, desembargador Francisco Moesh, para confirmar a data da audiência com presidente do órgão, José Aquino Flôres de Camargo.
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