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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Greve prometida para antes das eleições

Os bancários devem mesmo entrar em greve a partir desta terça-feira por tempo indeterminado. Assembleias ocorrem nesta segunda em todo o país para que a categoria decida as estratégias do movimento e organize a paralisação.

O comando de greve mantém o calendário aprovado anteriormente porque não houve acordo com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Na oitava rodada de negociação da Campanha Nacional 2014, no final de semana, em São Paulo, a entidade apresentou uma nova proposta, elevando o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e demais verbas salariais e de 7,5% para 8% (1,55% acima da inflação) para os pisos.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), considerou a nova proposta insuficiente, não somente do ponto de vista econômico, mas também porque ignora completamente as demais reivindicações da pauta, exigidas pela categoria.

“Essa proposta precisa melhorar frente aos lucros dos bancos. Continua sendo insuficiente, não só na parte econômica, mas também porque não traz nada sobre garantia de emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades. Mais uma vez deixamos claro na mesa de negociação que não faremos acordo sem que sejam contempladas soluções para o problema da cobrança das metas e do assédio moral”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Orientação é achar canais alternativos

Consumidores e empregadores não podem se valer da greve dos bancários para protelar pagamentos. O movimento, que se inicia nesta terça-feira, terá abrangência nacional. A greve vai começar na semana em que aposentados e pensionistas do INSS, que ganham acima do salário mínimo (R$ 724), vão receber os benefícios de setembro. A folha será creditada a partir de quarta e vai até o dia 7.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) orienta que os segurados usem canais alternativos como Internet, telefone do banco e caixas eletrônicos. Os caixas eletrônicos permitem fazer qualquer operação bancária, inclusive saques de benefícios sociais (INSS, PIS/Abono Salarial e FGTS).

Ocorre, porém, que a atenção deve ser redobrada. Durante greves de bancários aumentam os casos ataques de hackers e criminosos. É preciso verificar se o site do banco mantém os indicativos de segurança, como cadeados no pé da página, e evitar pedir ajuda a pessoas não identificadas quando estiver diante dos caixas. Além da Internet, há casas lotéricas e rede 24 horas em supermercados e shoppings.

Boletos de água, luz, telefone, gás, financiamentos, impostos e títulos de cobrança em geral, dentro do prazo de vencimento, podem ser pagos via Internet, caixa eletrônico ou rede 24 horas. Contas de luz, água, telefone e gás vencidas também podem ser quitadas. As concessionárias costumam cobrar juros e multas na conta do mês seguinte. Terminais de autoatendimento permitem fazer qualquer operação. Mas há limite quanto ao valor de saques. Por razões de segurança, os limites são inferiores aos da “boca do caixa” e variam de banco para banco.

Operações acima de R$ 750 podem ser feitas via Transferência Eletrônica Disponível (TED), que faz o dinheiro cair na conta do destinatário no mesmo dia. Se não houver urgência, o cliente pode optar pelo Documento de Crédito (DOC), que tem limite de até R$ 5 mil e é liberado no dia seguinte.

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